Por Bruna Pires
Novos conflitos internacionais, motivados pela disputa pela água, deverão aparecer nas próximas décadas. Crescem as previsões de que, em regiões como o Oriente Médio e a bacia do rio Nilo, na África, a água vá substituir o petróleo como o grande causador de discórdia. A razão é a escassez do precioso líquido transparente nesses lugares.
Dos 2,5% de água doce da Terra, 0,3% são acessíveis ao consumo humano. Essa cifra demonstra claramente a diferença entre água e recursos hídricos, ou seja, água passível de utilização como bem econômico.
A desigualdade na distribuição do manancial, entretanto, faz com que alguns países sejam extremamente pobres em água, e outros muito ricos. Países desérticos, como o Kwait, Arábia Saudita e Líbia, e pequenos países insulares, como Malta, Catar e as ilhas Bahamas, possuem menos do que 200 m³/ano por habitante, enquanto o recomendado pela ONU é de 1.000 m³/hab/ano. Regiões como o Canadá, a Rússia asiática, as Guianas e o Gabão têm mais de 100.000 m³/hab/ano. O Brasil está na categoria servida com 10.000 a 100.000 m³/hab/ano.
Além disso, o uso da água varia enormemente de país para país. Os dados sobre como o uso da água se distribui segundo os gastos domésticos, agrícolas e industriais são esparsos e incompletos.
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