domingo, 25 de novembro de 2007

CONSUMO DE CARNE DE MACACO AMEAÇA ESPÉCIE NA AMAZÔNIA


Por Patrícia Ferraz

Até 5,4 milhões de macacos são caçados e consumidos anualmente na Amazônia brasileira, colocando em risco as populações naturais de primatas, alertaram nesta segunda-feira (12) as organizações ambientais Care for the Wild, com sede no Reino Unido, e Pro Wildlife, baseada na Alemanha.

Um amplo estudo das duas organizações examinou 22 países da América do Sul e Central, e colocou o Brasil entre os 16 nos quais "a caça para consumo de carne representa uma ameaça crítica às populações de primatas".

Armas e equipamentos modernos, combinados com velhos hábitos locais - como o de preferir carne de fêmeas, mais gordurosa e considerada mais saborosa - tornaram a caçada o fator de maior importância no encolhimento das populações, superando a destruição do habitat natural.

"A convergência de fatores como o desflorestamento em larga escala, o aumento da caça comercial e a captura de animais vivos tem tido efeito devastador sobre os primatas neotropicais, e pode colocar muitas espécies à beira da extinção", diz um relatório que levou em conta mais de 200 estudos científicos.

Com 109 espécies nativas de primatas, o Brasil é o país com mais diversidade de macacos do mundo.

Destruição - As organizações disseram que, enquanto os efeitos da destruição ambiental sobre as diferentes espécies de macaco são bem estudados na literatura científica, pouco se fala da caça de macacos para vender sua carne.

Oito milhões de sul americanos comem carne de macaco regularmente, elas afirmaram.

No Brasil, entre 970 e 2.400 macacos-prego (também conhecidos como 'capuchinhos', por levar na cabeça um tufo de pêlo semelhante a um capuz) são mortos a cada ano.

O grande porte de primatas como o macaco-barrigudo e o macaco-aranha, por sua vez, é um incentivo para caçadores que desejam consumir a sua carne ou vendê-la em mercados, afirmam as ONGs.

Em regiões onde a caça é intensa, as populações de macacos são até 93% menores que nas áreas onde a pressão é inexistente, sublinharam as organizações.

Nestas áreas, macacos com mais de 5 kg se tornaram extremamente raros ou foram extintos localmente.

"Por causa de sua lenta taxa de reprodução e baixas densidades populacionais, muitas espécies de primatas não podem suportar essa imensa redução", diz o relatório.

Além disso, em tribos indígenas como a dos Wairiri, cinco fêmeas são mortas para cada macho, porque a carne mais gordurosa é considerada mais saborosa.

Solução - As ONGs sugeriram uma estratégia de conservação ancorada em diversos pontos. Elas pediram a preservação do hábitat natural das espécies, através da criação de mais reservas ambientais.

Sublinharam a necessidade de se encontrarem fontes alternativas de proteína para as comunidades que se alimentam da carne dos primatas.

Afirmaram que é necessário rever as regulamentações de caça nos sul e centro-americanos, enfatizando a necessidade de fazer cumprir a legislação.

Sugeriram, enfim, que sejam realizadas iniciativas de educação ambiental e de incentivo ao ecoturismo.

Transformar áreas de preservação em fonte de recursos econômicos é "uma excelente maneira de promover a conservação das florestas e dos primatas", avaliaram as ONGs.



quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Reciclagem X FEMSA

Andressa Yukari, gerente de Asseguração de Qualidade e Meio Ambiente e Edilene Fernandes, gerente de RH Regional, da empresa FEMSA, em Limeira, falam sobre o projeto de Reciclagem da empresa.

Tribo Verde: Existe alguma campanha de reciclagem? Qual o objetivo da campanha de reciclagem de embalagens promovido pela FEMSA:

Andressa Yukari: A nossa campanha de reciclagem é vinculada à Coca-Cola Company e o projeto de chama Reciclou Ganhou. Nosso projeto, em Jundiaí, é o auxílio à coleta coletiva do município. Patrocinamos a pintura de todos os caminhões que fazem a coleta.

Edilene Fernandes: Fizemos doação de computadores a cooperativas de reciclagem de Campinas ligadas à ONG EDH ( Ecologia e Dignidade Humana).

TV: Quando esta iniciativa entrou em vigor?

Fernandes: No ano de 2006.

TV: Como é feita a coleta e o reaproveitamento das embalagens?

Yukari: A coleta no município de Jundiaí é realizada separada da coleta do lixo comum em determinados dias da semana.
Na fábrica praticamos a coleta seletiva.Todos os resíduos são encaminhados à uma central de resíduos que faz a prensagem dos mesmos e envia para recicladores.

TV: Qual é a porcentagem de reaproveitamento das embalagens?

Yukari: A fábrica tem um indicador de recuperação de resíduos em médio de 90%.

TV: Junto com este projeto, há algum social ligado à reciclagem?

Fernandes: A ONG EDH auxilia o gerenciamento de cooperativas de reciclagem que abordam questões como inclusão social, desemprego que coletam os resíduos do município de Campinas.

TV: A utilização das latas é feita exclusivamente para novas embalagens ou também são usadas para artesanatos?

Yukari: As latas são enviadas para posterior processo de reciclagem com nova formação do alumínio que depois é reutilizado para fabricação de outros produtos.

Conservação do Mico-Leão-Dourado


O Programa de Conservação do Mico-Leão-Dourado começou no início dos anos 70 através da cooperação entre o Zoológico Nacional de Washington, o IBAMA e o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro. Hoje, o compromisso entre estas instituições transformou-se num esforço interdisciplinar e internacional para preservar, proteger e estudar o mico-leão-dourado e seu habitat, liderado desde 1992 pela Associação Mico-Leão-Dourado. Cientistas, educadores, gestores públicos, conservacionistas e as comunidades locais trabalham juntos para compreender a biologia destes animais e a ecologia de seu habitat, aperfeiçoar o bem-estar em cativeiro e desenvolver programas de educação ambiental dentro e fora do Brasil, sob a liderança da Associação Mico-Leão-Dourado, criada em 1992 para assegurar a sustentabilidade ao longo prazo deste esforço.


Curiosidades sobre o Mico-Leão-Dourado

*Eles vivem em grupos familiares formados, em média, por seis indivíduos, mas pode variar desde dois até 14 indivíduos.


* O mico adulto pesa entre 550 a 600 gramas e mede cerca de 60 cm da cabeça até a ponta da cauda.* Não há qualquer diferença de cor de pelo ou tamanho entre o macho e a fêmea da espécie.


* Na natureza vivem em média, oito anos, mas podem chegar até 10 - 12 anos* Podem reproduzir uma ou duas vezes por ano (setembro a novembro – janeiro a março), com gestação de 4 meses e normalmente produzem dois filhotes gêmeos.


* Comem frutos silvestres, insetos, pequenos vertebrados e, eventualmente, de goma de algumas árvores.


* Cada grupo utiliza uma área que varia entre 50 a 100 habitats que é defendida da entrada de outros grupos de micos.


* São animais diurnos e à noite, dormem em ocos de árvores ou em emaranhados de cipós e bromélias.


Alemanha lança medidas para reduzir emissão de CO2

Postado por: Lucila Longo

O governo da Alemanha apresentou nesta quarta-feira (31) um catálogo de 30 medidas que, segundo o ministro do Meio Ambiente do país, Sigmar Gabriel, poderão fazer com que as emissões de CO2 (dióxido de carbono) diminuam em 36,6% até 2020, em relação ao volume registrado em 1990.

As medidas estão relacionadas à promoção das fontes ecológicas de energia renováveis, e também com o aumento da eficiência energética.

Segundo Gabriel, o fomento das fontes alternativas pode evitar emissões de 50 milhões de toneladas de CO2 até 2020. O aumento da eficiência energética nas novas construções pode gerar a redução de 35 milhões de toneladas do gás.

De acordo com Gabriel será preciso fazer investimentos no início, mas até 2020 o conjunto de medidas para a proteção do clima levará às empresas uma economia de 5 bilhões de euros (R$ 12,6 bilhões).

A indústria, no entanto, é menos ambiciosa e considera que uma redução das emissões em 30% são o máximo que se pode financiar e alcançar.

O governo quer aprovar seus planos de forma definitiva no máximo em dezembro.